Guaxupé, quinta-feira, 28 de março de 2024
Cairbar Alves de Souza
Cairbar Alves de Souza Cantinho Mineiro Advogado e Escritor

Um dia para ser esquecido

sexta-feira, 27 de novembro de 2020
Um dia para ser esquecido O jogador argentino Diego Maradona, que faleceu na quinta-feira, dia 26 de novembro (Foto: Prensa Latina)

Realmente 26 de novembro foi um dia muito triste: a morte de Maradona e do acidente rodoviário que matou 41 trabalhadores na região de Avaré/SP.
O acidente rodoviário é o mais grave em duas décadas: ônibus destruído após colisão com caminhão; veículo transportava cerca de 50 funcionários de uma indústria têxtil.
O colunista assistiu a entrevista de uma autoridade do governo de São Paulo e ficou decepcionado pelas atitudes governamentais com as empresas clandestinas de transporte.
O estado é muito complacente com as empresas clandestinas. Pelo jeito, ainda iremos presenciar muitos acidentes semelhantes. Tem que haver atitudes mais drásticas com relação aos seus dirigentes, inclusive culpando-os diretamente por tais acidentes dolosos, tirando seus bens e processando-os com muito mais rigor, retirando eventuais bens e processando-os criminalmente. Quantas vidas perdidas? Até quando?
 
A morte de Maradona
Quem definiu bem a figura do Maradona foi o craque Falcão: “Com a bola um deus, sem a bola, o homem”.
E como homem, Maradona, infelizmente, como o grande mal do século, envolveu-se com drogas, que, de certa feita, levou-o até a prisão. Todavia, esse envolvimento foi pequeno pela figura futebolística do Maradona.
O argentino sempre foi passional, uns creditam essa passionalidade ao consumo exacerbado de carnes, que geralmente deixa os usuários mais nervosos. O auge futebolístico do Maradona, além das Copas do Mundo, foi em Nápoles, região pobre da Itália. Lá ele ganhou, juntamente com os brasileiros Careca e Alemão, dois campeonatos italianos, em 1987 e 1990, além da Champions League, em 1989.
O articulista visitou Nápoles na década de 1990 e nunca viu um trânsito tão desarticulado como lá. Impressionante!
Agora, no final de sua vida, Maradona questionava: “Será que os argentinos continuarão a amá-lo?” Fique tranquilo, Maradona, eles irão amá-lo eternamente.
Com suas posições políticas de esquerda, ele foi muito criticado. Ele era tão ferrenho nas posições que chegou a tatuar a figura de Fidel Castro em sua perna.
“Não diga ‘que dia horrível!’ porque simplesmente está chovendo. A dramaticidade é um dos fatores traumáticos de nossa existência, pois muitas dessas expressões despretensiosas, repetidas muitas vezes, podem-nos conduzir a verdadeiros turbilhões vivenciais”. (Hammed)

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