Guaxupé, sexta-feira, 29 de março de 2024
Cairbar Alves de Souza
Cairbar Alves de Souza Cantinho Mineiro Advogado e Escritor

Homenagem a Ana Luiza de Souza

quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Homenagem a Ana Luiza de Souza A assistente social Ana Luiza de Souza, que faleceu no domingo, dia 18 de outubro (Foto: Redes sociais)

O colunista ficou impressionado com a quantidade de manifestações no facebook sobre o desencarne da assistente social Ana Luiza.
O colunista teve pouco relacionamento com ela, mas esse pouco serviu para que fosse conhecido o íntimo do grande espírito encarnado entre nós.
O colunista foi no lançamento de seu livro Mulheres Invisíveis, que ela redigiu em duas mãos, sobre a saga das mulheres do Vale do Jequitinhonha, região das mais pobres do Brasil, situada no norte de Minas Gerais. As histórias são de arrepiar pela descrição do dia-dia daquelas mulheres. Um sofrimento sem fim. Acompanhei também os inúmeros papeis que Ana desempenhou na área social de Guaxupé e de Poços de Caldas. Fui amigo do pai de Ana, o dentista Luiz Fernando de Souza. O último contato que tive com ela foi no evento do lançamento do livro de Nilmário Miranda, em uma manhã no restaurante Fogão Caipira.
Acometida por doença insidiosa, ou seja, de origem da alma, pois ela teve uma vida triste em acompanhar as mazelas da vida, tanto no Vale do Jequitinhonha, como em Guaxupé e também em Poços de Caldas, já que desempenhou com enorme sucesso as iniciativas para minimizar as mazelas humanas, de tantas vidas sofridas que acompanhou muito de perto.
Seu primo escreveu sobre ela: Lá vai ela - a Ana Luiza"!

Lá vai ela, com o seu jeito único, autêntico, impaciente, amante da causa social, com olhos voltados aos "invisíveis" - aqueles sem rostos, sem sobrenomes, despercebidos; com o seu olhar doce, soube abraçá-los e trazê-los consigo.
Lá vai ela, com a sua bagagem toda lotada de amor, generosidade e empatia.
Lá vai ela, a Ana Luíza dos ideais socialistas, das Gerais, do Jequitinhonha, de Guaxupé, de Minas Gerais e do Brasil.
Lá vai ela toda colorida, agora sem limitações para voar.
Lá vai ela deixando todo o seu jardim florido, para que um dia possamos colher, com grande esperança, os seus frutos.
Ô, moça, prima querida, vai com Deus e brilhe no céu, como o sol e as estrelas, iluminando os nossos dias e noites.
Com toda a certeza estamos mais pobres pela sua partida, porém ricos pelos seus lindos exemplos de empatia e real liderança.
A real liderança não está em mandar ou chefiar, mas de fazer dos seus liderados pessoas de grande relevância”. 19/10/2020 (J.M.Monteiro)

“Toda vida em nós e fora de nós está em constante ritmicidade. Por que então, desrespeitar os mecanismos de que se utilizam as leis divinas na evolução? Por que nos afligirmos e tentarmos mudar o imutável”. (Hammed)
Que a Ana Luiza esteja agora colhendo o excelente plantio que fez durante sua vida terrena, um grande exemplo para todos nós. E, se puder, ajude-nos a bem caminhar em nossos dias terrenos.

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